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sexta-feira, 18 de março de 2016

ARCANJO



Emanuel Medeiros Vieira
Ah, memória, inimiga mortal do meu repouso
(Miguel de Cervantes  – 1547-1616))
Quando começou o tempo – brevidade infinita?
(O que é o tempo?)
O que é a vida?
Apenas passamos.
Removei, Miguel, todas as mágoas do caminho – marque-me com o teu selo.
Escudo protetor
Só temos a finitude, Arcanjo.
Só.
(E queria acreditar– tanto queria.)
Apelo ao Santo Espírito Shekinah, ao Senhor Metraton e a Saint Germain.
Que a Chama Violeta me liberte da dor, do medo e da ira.
Dor, medo e ira.
Que a Chama Violeta restaure as minhas energias (nossas) diante do Mal.
E o selo maior é o domínio de Cristo.
Assim seja.
(Assim, talvez não seja, e seremos apenas poeira no Tempo.)
Mas eu apelo novamente a ti, Arcanjo Miguel – do qual sempre fui devoto.
Crer, não crer, viver e morrer.
Não sei se elevo-me  ou perco-me – mas aspiro subir.
Adonai.
(Brasília, 3 de março de 2016)
*Poeta Escritor