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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

BREVIÁRIO

BREVIÁRIO
(Ou Livro das Citações)

(...) “Disse a mim mesmo repetidas vezes que não existe outro enigma senão o tempo, essa infinita urdidura do ontem, do hoje, do futuro, do sempre e do nunca”.
(Jorge Luis Borges – “O Congresso”, em “O Livro de Areia”)
O Tempo – sempre
pó, sombras, finitude, meu breviário, bíblia da jornada – inelutável calendário,
 mar azul ao fundo, menino, velho, defunto.
o Tempo e seus presságios
 meu fio-terra particular  (subjetividade dilacerada) – e rosto no espelho (todos os dias)
bússola desgovernada, errático astrolábio
a vida escorre – sempre celebrada
(Mesmo que a morte tenha mais tempo)
Novamente, lembrei-me de Borges (...) : “Também a mim a vida deu tudo. A todos a vida dá tudo, mas a maioria ignora isso. (...)
(“Undr”)
Breviário, epístola, palavra, revelação, mãe, imortalidade – e o tempo e o mar
(Quem sabe, Deus)
A Eternidade é um dia – A Eternidade e um dia
E só essa vida. Só essa. Nunca mais. 

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

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