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terça-feira, 23 de abril de 2019

DESIGUALDADE




“Que falta nesta cidade? Verdade. Que mais para sua desonra? Honra. Falta mais do que se lhe ponha? Vergonha” (...)
(Gregório de Matos Guerra – 1636-1696, que tinha a alcunha de “Boca do Inferno”)
O ano passado registrou o maior crescimento do número de bilionários da história, com um novo bilionário no mundo a cada dois dias.
Segundo com a ONG britânica Oxfam, o aumento seria suficiente para acabar sete vezes com a pobreza extrema no planeta.
Conforme matéria de Gabriela Albach, de toda riqueza produzida pelo mundo no ano passado, 82 por cento ficou concentrada com 1 por cento da população mais rica, enquanto a metade mais pobre da humanidade não teve qualquer aumento em seu patrimônio.
“O aumento da desigualdade é uma tendência global, e o Brasil tem seguido essa tendência”, afirma Kátia Maia, diretora da Oxfam no Brasil.
Os dados fazem parte de relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, produzido pela ONG.
Segundo o levantamento, dois terços das fortunas estão ligadas à herança, monopólio e ao chamado “capitalismo de compadrio”.
Para a ONG, a geração de empregos decentes é a aposta para diminuir a desigualdade. Para ele, as nações mais pobres abrigam – é claro – a maioria diminuir a desigualdade.
O economista sueco Gunnar Myrdal, Prêmio país sem tecido empresarial forte.
As nações mais pobres abrigam a maioria com rendas baixas, fundamentalmente para permanecer vivo, ampliando a incapacidade de poupar.
Como disse Helington Rangel, através de processos de deslegitimação e exclusão moral, o cidadão não se sente obrigado a reconhecer normas e regras sociais, fora do seu grupo.
Segundo estudo do irlandês Marc Morgan (estudante de Economia de Partis, e que tem como orientador o francês Thomas Poketty, autor de “O Capital no Século XXI”), a desigualdade no Brasil é muito maior do que se imaginava, com ENORME CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO TOPO DA PIRÂMIDE SOCIAL,
O grupo que representa os 10 por cento mais ricos da população fica com mais da metade da renda nacional.
É impossível efetivar um verdadeiro regime democrático com uma desigualdade tão perversa e obscena.

Salvador (Bahia), fevereiro 2018.

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

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