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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

À FLOR DA PELE

PARA O AMIGO CARLOS ,ENVIO UM CURTO TEXTO INÉDITO  (de dezembro de 2018 e destes primeiros dias de janeiro de 2019), lembrando autores que muito amei (como alguns portugueses maravilhosos), com o fraterno e sempre grato abraço do Emanuel

À FLOR DA PELE
(PROSA POÉTICA)

(Modesta homenagem a “Rastros de Ódio (“The Searchers”), 1956, filme homérico – um dos maiores de todos os tempos – do maior mestre de toda a história do cinema: John Ford)
Lembrando (alguns) autores, obras e personagens da literatura brasileira e portuguesa que muito amei
PARA OS MEDEIROS VIEIRA
Ando tão à flor da pele/Qualquer beijo de novela me faz chorar (...)
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final” (...)
(ZECA BALEIRO, “FLOR DA PELE”)
Tão à flor da pele
qualquer forrest gump me faz chorar
Bentinho, Capitu
a morte da cachorra Baleia, em “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos
"Os Maias"  do grande Eça
Fernão Lopes, Camões, Anterode Quental, Mário de Sá-Carneiro 
Riobaldo, Padre Nando, o amanuense Belmiro (Guimarães Rosa Antonio Callado, Cyro dos Anjos), tantos outros não citados
o personagem Ethan Edwards (John Wayne – na sua interpretação maior e mais pungente –), de “The Searchers”(“Rastros de Ódio, 1956), de John Ford, dizendo para a menina-agora-índia Debbie Edwards (Natalie Wood – belíssima), “vamos para casa”, arrepia e transporta – outro mundo, outros valores
VAMOS PARA CASA
muitos não entenderam: não é um filme preconceituoso contra os índios (pelo contrário) – humanista à flor da pele
(eu precisei assistir ao filme onze vezes)
obra sobre a solidão
repleta de “desespero silencioso”
É A TRAGÉDIA DO HOMEM SEM LAR
a última cena é uma porta se fechando (a casa – lá fora, os grandes espaços)
qualquer verso de Fernando Pessoa legitima uma vida
campo de batalha
o lugar do combate é o nosso próprio coração
à flor da pele
Deus deveria existir
porque a vida só não basta
pena...
(Brasília, dezembro de 2018 e janeiro de 2019)

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA

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